sexta-feira, 30 de maio de 2014

Poetrix- Teoria Literária

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Poetrix
 
O POETRIX é um poema minimalista, composto de título e uma estrofe de três versos (terceto) com um máximo de trinta sílabas métricas. Foi criado pelo poeta Goulart Gomes  O poterix não é uma frase fragmentada em três versos.
 
Exemplo
 
TELEFONEMA
 
noite em branco
telefone mudo
até o amanhecer
 
Goulart Gomes
 
Fonte e links para estudo:
 

 

domingo, 25 de maio de 2014

Tautograma - Teoria Literária

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Tautograma
 
O Tautograma é a composição poética, com título obrigatório, na qual todas as palavras iniciam-se pela mesma letra.
 
Exemplo
 
Drama
 
Dentro desta devassa desilusão,
Deixaste dias dourados de desalentos,
Decorados de déspota dor.
 
Dúvidas, descrenças, desamor,
Desconfiança, dubiedade, dissimulação
Doravante, deflagraram desrespeito,
Definharam delgados desejos.
 
Dentro desta devassa desilusão,
Depurando decrépito desgosto,
Devora-me desgraçada decepção.
 
Diversos demônios dormentes,
Desvirtuaram doces delírios,
Desnudaram delitos devastadores,
Deflagrando dramática despedida.
 
Edith Lobato – 13/04/14
 

Plêiade - Teoria Literária

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Plêiades
 
Inicialmente, plêiade são grupo de estrelas localizadas na Constelação de Touros. São, também, conhecidas como aglomerado estelar M45 e, são visíveis a olho nu nos dois hemisférios. Estão a 424 anos-luz de distância da Terra.
 
Fonte para pesquisa e estudos:
 
Plêiade Poema
 
O Plêiade é um poema monostrófico, de forma fixa composto de 7 versos (septilha). Foi criado pelo poeta Craig Tigerman em 1999. O título do Plêiade é obrigatório, formado de uma única palavra, cuja letra inicial deve ser a letra inicial de cada verso. Os versos do Plêiade são livres de métrica e rima.
 
Exemplo
 
GRAVURA
 
Gosto do silvo desta saudade,
Gorjeando em meu coração,
Garimpando minha’alma.
Gotículas de paz me envolvem,
Gotejando a fé no amanhã.
Germinarei a esperança na
Gravidez do meu sonho.
 
Edith Lobato

 

sábado, 24 de maio de 2014

Indriso - Teoria Literária

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Indriso

 
O indriso é uma modalidade poética, criado pelo poeta espanhol ISIDRO ITURAT. Sua estrutura consta de dois tercetos (estrofes de 3 versos) e dois monósticos (estrofes de um verso) perfazendo um total de oito versos com métrica e rima livres. Versa sobre qualquer tema e tem obrigatoriedade de título. O indriso admite a mudança na posição das estrofes em sístole e diástole, como mostra o esquema abaixo.
Exemplo


LUA MINGUANTE
 

O centauro se assoma à janela
 e a mulher adormecida está falando em sonhos.
 Chora e ri, porque um centauro a rapta.
 

 Cavalga em seus sonhos a mujer adormecida,
 Cavalga em seus sonhos, e é cavalgada.
 Na selva, ninguém a escuta quando grita.
  

 Chora e ri como nunca em sua vigília.
 

 O centauro a observa... pela janela.
 

Isidro Iturat/2001


 

LUNA MENGUANTE

 

 El centauro se asoma por la ventana
 y la mujer dormida está hablando en sueños.
 Llora y ríe, porque un centauro la rapta.
 

 Cabalga en su sueño la mujer dormida,
 cabalga en su sueño y es cabalgada.
 En la selva, nadie la oye cuando chilla.
 

 Llora y ríe como nunca en su vigilia.
 

 El centauro la mira... por la ventana.
            

Isidro Iturat/2001
 

Referência para pesquisa estudo:
 


 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Víboras

Vorazes ventos, velozes
Vagam vergando valores.
Vibram vigorosas vozes
Vazias, vertendo veneno.
 
Vão vociferando, varrendo,
Vulgarizando velhas verdades.
Víboras vadias, vagabundas.
Vermes vilãos, vampiros velados,
Vomitam vilezas vulgares,
Violando velhas vontades.
 
Edith Lobato – 01/04/14
Arte e formação de Safira Saldanha
 

Sensível

Selvagem saudade surreal
Sarcástica senhora sutil, sensual
Soa silente, sabor sentimental.
 
Sussurra suave sonata sobrenatural
Semeia, sabota, salpica sal
Sobre sensível sentimento sazonal.
 
Sonâmbula sombra sepulcral
 
Salivando sádico sentir, sexual.
 
Edith Lobato – 03/04/14
Arte e formatação de Safira Saldanha
 

Recordações

Relendo rascunhos rasurados,
Revejo-me rendida, rechaçada
Remoendo rancores represados,
Ruminando régias recordações.
 
 Relembro, recordo, reflito,
Respiro rústica realidade rarefeita,
Refém ressentida, reclusa, regurgitando
Ríspida rapsódia radioativa.
 
 Edith Lobato – 06/04/14
Arte e formatação de Safira Saldanha
 
 

Cartase

Cambaleando caminhava,
Coração contristado,
Carcomido, conturbado
Calcificado, carbonizado
Contando cata-ventos.
 
Cada capítulo catalogado,
Cenário, cena, contracena
Conta contraditória compostura.
 
Copiosa, curvo-me combalida,
Confusa, chorando, chocada,
Contra céu, campo, cachoeiras
Cruel cartase contorce-me,
Condensando-me.
 
Edith Lobato – 07/04/14
Arte e formatação de Safira Saldanha
 

Drama

Dentro desta devassa desilusão,
Deixaste dias dourados de desalentos,
Decorados de déspota dor.
 
Dúvidas, descrenças, desamor,
Desconfiança, dubiedade, dissimulação
Doravante, deflagraram desrespeito,
Definharam delgados desejos.
 
Dentro desta devassa desilusão,
Depurando decrépito desgosto,
Devora-me desgraçada decepção.
 
Diversos demônios dormentes,
Desvirtuaram doces delírios,
Desnudaram delitos devastadores,
Deflagrando dramática despedida.
 
Edith Lobato – 13/04/14
Arte e formatação de Safira Saldanha
 

Beija-flor

Bandoleiro beija-flor
Baila,
Brinca,
Bica,
Bebe,
Balança bromélias,
Beija begônias.
 
Edith Lobato
Arte e formatação de Safira Saldanha


Amor

Amado amor,
Abraça-me,
Aqui, agora.
Amorosamente,
Afetuosamente,
Ardentemente,
Ama-me,
Absorve-me,
Apaixonadamente
Até amolecer a alma,
Aqui, agora.
Anjo amado,
Amo-te!
 
Edith Lobato – 01/04/14
Arte e formatação de Safira Saldanha
 

domingo, 11 de maio de 2014

Sonho ilhado

 
Espero que passe este verão,
Onde as memórias são surreais,
E secam o oásis que alimenta,
O jardim da minha primavera.
 
Ouço o som da gargalhada tua
No silencio que esculpe minha sede
De apenas sentir este amor,
Pleno, nas madrugas do meu albor.
 
Amor que o coração sublimou,
Talhou como fina joia rara,
Tão cara e, no jazigo deste quarto
Sonhou, mas ficou na poesia.
 
O sonho ilhado em fantasia,
Esmaece, imerso na saudade.
Tal fábula perdida nos contos lendários,
Em cenário de estrelas cadentes.
 
Edith Lobato – 06/05/14
Arte de Safira Saldanha
 

Salve,salve Primavera


 
É tempo de namorar,
Pois já chegou primavera.
Há flores em todo lugar,
despertando nova era.
 
Perfumes soltos no ar,
das flores da primavera.
Vem nossa vida encantar,
Colorir nossa quimera.
 
Todas elas vem vestidas,
Perfumadas e estilosas.
Cirandar nas avenidas,
In naturas fabulosas.
 
Margaridas, bogarins,
Em vasinhos nas janelas.
O perfume dos jasmins,
Rosas brancas e amarelas.
 
Os jacintos, rosas dálias,
Os antúrios e helicônias.
Cravos, lírios, magnólias,
As orquídeas e begônias.
 
Vem crisântemo, vem lótus,
Flor de lis e até peônia.
E as belas flor de cactos,
E outras tantas da Amazônia.
 
Macadâmias e tulipas,
Os girassóis e as violetas.
Todas trazem laços, fitas,
Seus trombones e cornetas.
 
Sempre-viva e malmequer,
E as Marias-sem-vergonha.
Na ciranda o seu balé,
É um show de cor risonha.
 
Tanta musa pra falar,
Nessa nossa Biosfera.
Eu a todas vou saudar.
Salve, salve primavera!
 
Edith Lobato – 09/09/13
 
Arte de Safira Saldanha